Após todo processo vestibular eu me debruço na população de ingressantes e de alunos ativos de alunos da UFCG para procurar entender como é a dinâmica dessa população, de forma a procurar pensar na necessidade de ações específicas ou para compreender como deve ser a ação da Pró-Reitoria de Ensino no sentido de melhor atender ao público.
Também é importante podermos informar aos Coordenadores de Curso dados objetivos acerca dos alunos com quem eles trabalham e muitas vezes tem apenas informações baseadas em uma tradição não muito bem sistematizada.
Na maioria das vezes os resultados tem algum interesse estatístico, mas uma população tão diversa, sujeita a pressões tão distintas dos diferentes cursos, costuma mostrar resiliência e certa uniformidade em sua dinâmica. É claro que esse resultado, em si, já é bastante importante para o planejamento de políticas educacionais.
Completando 3 anos da lei de cotas resolvi fazer uma análise específica para essa população e obtive resultados muito peculiares que merecem, sem sombra de dúvida, uma investigação mais aprofundada. Não obstante, o preliminaríssimo resultado já merece ser compartilhado para que novas ideias surjam e a questão seja colocada "na boca do povo", por assim dizer.
Da população de ativos, ingressantes por SiSU, temos 1970 alunos cotistas. Um número discretamente maior de homens. São 3834 alunos que entraram, por vagas livres, igualmente, mais homens.
Alguns resultados saltam dos dados preliminares:
- Homens cotistas evadem mais do que mulheres cotistas
- Mulheres cotistas evadem menos do que mulheres que ingressaram por vagas livres.
- A média de ingresso das mulheres é menor em todas as cotas e nas vagas livres.
- Analisando por área de conhecimento, a média das mulheres é menor do que a dos homens em praticamente todas as áreas.
- O gap entre homens e mulheres é bastante sensível nas áreas de Ciências Biológicas e da Saúde e da área de Exatas e Tecnológicas.
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