quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

O Reitor que Mudou de Idéia

Esse texto pretende expor a posição pessoal do autor com relação à adesão da UFCG à EBSERH. O contexto da discussão compreende, principalmente, os eventos que ocorreram na reunião cancelada do Colegiado Pleno no final de 2013, os textos publicados pelo Magnífico Reitor da UFCG e pelo seu antecessor, postagens em redes sociais e alguns artigos publicados no portal UFCG. O verdadeiro objetivo do texto é um convite a razão e ao direito de livre pensamento.

O parágrafo acima tem 385 caracteres, mas acredito que ainda caiba na postagem de redes sociais antes do “LEIA MAIS”. Dessa forma qualquer comentarista deverá certamente saber do que se trata antes de comentar ou mesmo compartilhar. Precauções...

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Mesa Redonda: A Importância das Línguas para a Universidade

Nossos anfitriões seguramente colocam os debatedores em uma situação difícil. A importância das línguas para a Universidade só pode ser apropriadamente discutida a medida em que definimos Universidade e também Línguas. Duas tarefas bastante elusivas.

Para balizar meu pensamento procurei primeiro pensar naquilo para o qual as nenhuma Língua e tampouco nenhuma Universidade deve ser importante. Veio à mente um poema de Yeats. Na época em que Yeats escreveu a Universidade de Dublin já tinha 337, 5 anos antes da fundação de nossa primeira Universidade, 15 anos após a morte de Saussure. Uma época de grandes mudanças tanto para as Universidades quanto para o estudo das Letras, na alegoria de Yeats aprendemos alguma lição: 

sábado, 15 de fevereiro de 2014

O Medalhão Moderno na Cultura Digital



Em fabuloso conto de Machado de Assis o pai de um personagem ensina ao filho o segredo do sucesso da vida em sociedade. Com seu agudo senso de humor, Machado descreve o perfeito idiota social, que jamais teria opinião própria, fugiria com horror da possibilidade de uma ideia própria para apenas verter “senso comum”, manchetes sem polêmicas de jornais de sociedade, incapaz de desagradar a quem quer que fosse. Esse nobre ideal social foi chamado de “Medalhão”.

Machado de Assis utilizava de uma ironia para lançar um pensamento sobre a cultura de salão prevalente a época. Charles Dickens sugeriu que as crianças pobres deveriam ser comidas – literalmente – pela classe rica, como forma de combate às péssimas situações de vida das classes mais baixas da Inglaterra. No estilo delicioso de Dickens existem muitos mais absurdos irônicos, que tinham por objetivo demonstrar exatamente o contrário do que se escrevia.

A ironia hoje é de mau tom! No discurso social é considerada uma agressão, anátema maior do que esbravejar ou gritar palavras de ordem! A ironia fina e sutil da escola inglesa passa simplesmente desapercebida, na maior das vezes, mas essa também, se denunciada leva aos mesmos efeitos maléficos da ironia mais aberta.