domingo, 17 de maio de 2015

Sobre Como a Complacência da Sociedade com os Professores é Perniciosa

Eu sempre apreciei a arte de fazer títulos da idade média e essa é uma excelente oportunidade para fazer a referência.

Pretendo defender uma tese deveras polêmica e normalmente sou bastante prolixo, dessa forma vou poupar o leitor impaciente. Já apresentei publicamente uma versão simplificada dessa tese em alguns fori de discussão, aqui eu pretendo completar o raciocínio e qualificar o debate.

O professor não ganha mal, o professor ganha exatamente o que a sociedade acha que seu trabalho vale, a complacência com que a população em geral e a mídia em particular tratam os professores e os acontecimentos da vida que envolvam um professor deixa clara uma visão errônea e preconceituosa a respeito da profissão de educador, muitas vezes pela total incompreensão do que o ato de educar significa, pelas experiências negativas experienciadas e mais ainda pelas experiências parcialmente bem sucedidas. É o povo que foi exposto formalmente a processos educativos formais em escolas e universidades que consolida uma visão perniciosa ao negar ao professor a sua própria profissão, desprofissionalizando a educação formal, cobrindo-a de significados distorcidos e, principalmente, úteis para horizontes estreitos de uma classe média inculta, nefastos para a cidadania plena de um grupo de pessoas condenadas a um lugar subalterno na sociedade, intangível, não-declarado, subserviente. Os professores são coniventes e cúmplices desse processo. Se a educação exprime um de seus ideais com a construção de um cidadão autônomo, esse processo não pode ser levado a cabo sem um professor protagonista, ainda que de uma maneira especial e qualificada.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Crítica Gastrônomica - Campina Grande

Hoje minha esposa e eu fomos a um novo restaurante em Campina Grande. Os estabelecimentos dessa categoria na cidade são muito poucos, logo eu felicito todos os novos empreendimentos no ramo da gastronomia e faço questão de contribuir com o que posso. Até mesmo para alguns lugares nem tão bons assim.

Bem, como “presente à cidade em seu sesquicentenário” aparece um restaurante de notas italianas. Confesso não atinar qual possa ser a relação entre uma coisa e outra, mas o fato é que esse é o primeiro restaurante italiano na cidade e por isso, duplas, triplas vivas.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Cardápio em Construção



Ainda trabalhando na harmonização.

Antipasto

Pão Rústico
Alichella
Manteiga Café de Paris
(Um início desconstraído com a nota de alici e alcaparras para crescer o apetite)

Insalata

Ratatoiulle Desconstruido com mix de cogumelos
(Berinjela, Abobrinhas, Cebolas montadas em fatias com tomates frescos, tempero rico de manjericão e os tradicionais pimentões servidos ao lado, vermelho e amarelo na forma de uma musseline para aqueles que tem problemas com o pimentão. Cogumelos, porque eles não podem faltar.)

Primo Piato

 Tortelloni de Mortadella e Ricota com molho de Açafrão
(Criação própria de sabor para um recheio bastante intenso para fazer sonhar com a Bologna)

Secondo Piato

Medalhão de Barriga de Porco com batatas ao murro
(piece de resistance substancioso, cozido e assado lentamente)

Dessert

Café Cristina
Tuille de Amendoas

Gateau de Chocolate em Creme Anglaise
(copinho de mousse amargo invertido servido imerso no tradicional cremê inglês, fechando os sabores da noite com a delicadeza da Baunilha)

domingo, 10 de maio de 2015

A Cerveja e a Greve


(*Cuidado: Esse texto pode conter elementos politicamente incorretos. Use com discrição!)


A figura acima representa o Market Share das cervejarias no Brasil. Embora eu não tenha achado uma imagem mais atual, os números são essencialmente os mesmos para o ano de 2015.

É bastante diferente do que vemos nas prateleiras dos supermercados ou nos cardápios de bares e restaurantes simplesmente porque poucas companhias controlam grande número de marcas, ou produtos. Existe uma óbvia desproporção entre toda a concorrência e a gigantesca Ambev. Não vamos nos preocupar com isso, vamos tomar um case study com uma das três pequenas.

A empresa Brasil Kirin tem um lucro bruto anual superior a R$ 1 Bilhão, equivalente ao orçamento das maiores Universidades Federais. Ela é dona de marcas populares como Schin, Nova Schin, Devassa, e marcas premium como Eisenbahn e Baden Baden.

Façamos um exercício mental e consideremos a cessação da prestação do serviço de entrega dessa empresa. Em outras palavras, imaginemos as consequências de uma greve. Certamente pode haver motivos vários para uma suposta greve, no momento sugiro que sigamos a ótica do cliente perante o fenômeno.