Seus olhos quase verdes, instigantes esferas luzidias como o Sol, um corpo tenro, cálido e insinuante, sua graça laça qual afiado anzol. Estando entregue, onde achar farol potente que iludisse o grande fosso que se abre pleno cíumes, doente, louco nadir frio? Como subo pelo poço? Se ouvi o clamor-paixão, que teima rouco conter, cercear, coagir minha vontade? delírios prestes de irromper em dor! Espera, Vence em mim meu próprio amor e agora posso apenas ter saudade. |
quarta-feira, 3 de outubro de 2012
Soneto Inglês
terça-feira, 2 de outubro de 2012
Menu Degustação - 2008
Entrada
Vinho: Clos Torribas Crianza Tempranillo 2003
Pão de Linguiça, Erva-Doce e Cogumelos
Vinho: Colomé Torrontés 2006
Tortini de funghi com creme de queijo e tomate com salada de Endívias e Alface
Tortini de funghi com creme de queijo e tomate com salada de Endívias e Alface
Primo Piato
Vinho: De Martino Legado Reserva Chardonnay 2005
Farfale com Fígado de Frango, Alho e Limão
Secondo Piato
Vinho: Bourgogne Domaine Parigot Pere & Fills Pinot Noir 2005
Peito de pato em redução de vinho com mirtilo e vinho do porto, Aspargos Verde e Branco e Couscous de açafrão decorado com fricos.
Formaggi
Vinho: J. P. Moscatel de Setubal 2001
Old Dutch, Maasdam, Grana Padano e Presunto de Praga
Dessert
Vinho: Rio Sol Vale do São Francisco 2004
Mozart
Finale
Cognac Henessy
Charutos Romeo y Julieta, corona
******Servido em 2008, para 5 pessoas (custo total R$600,00)
18 x 10
Sem sentimentos,
Imoralista convicto
de ilusões e razões,
Desprezível e desregrado,
Mentiroso e manipulador.
domingo, 30 de setembro de 2012
Fragmentos de Pensamentos de Outrora I
Estes idiotas multiculturalistas perderam seus esquemas filosóficos e agora querem corromper todos ao mesmo tempo!
Claro que não são capazes de notar a existência deste sutil balé entre um Homem e uma Mulher de verdade. Consideram desrespeito - alguma coisa mais longe da verdade? - o firme e sutil conduzir do cavalheiro, sua supremacia uma violência, seu zelo anacrônico.
Que tipo de imbecil não é capaz de notar a mulher não como portadora da divindade - o que já seria mais próximo da verdade, mas como portal para o conhecimento, da divindade; auto-conhecimento da divindade. Ali, metamonte Olimpo, onfálico, sobre o monte de vênus, botão entumescido de carne e desejo emoldurado por doces úmidas carnes, guardião traidor desta única verdadeira ferida responsável e respondente de e por toda dor e angústia do mundo. Metaforicamente nessa boca escancarada da verdade está o mundo, metonimicamente a boceta é o mundo. Esta luz ofuscante, este olhar para o ciclope-esfinge negro (um pouco mais abaixo), intimida e apavora este anões: confusos sabem apenas meter e ser devorados.
Talvez saber disto quebrasse as espinhas moles da corja.
sábado, 29 de setembro de 2012
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
2012
Dois mil e doze
Dois mil e doze
Já vejo se aproximar o novo ano,
Então, Deixa eu fazer uma pose
E Tornar-me mais humano.
Dessa vez eu acerto,
nesse novo ano cada vez mais perto
Não! Tudo completa, visceral, lamentavelmente errado!
Repetições insensatas e pueris, desejos apenas de uma alma lamentosa com seus ardis, desejo de remissão do seu pecado,
Porque pecado é só um... Tem plural não.
Passa dois mil e onze,
Ja está passando dois mil e onze,
Mas é só o tempo que passa
E fica a loucura.
Agoniza dois mil e onze,
Choro suas exequias,
Agoniza minha mente
rrrrrrrlalarrrr tiritar incessante de ofuscantes pensamentos claros e confusos como um dia nublado no dia mais seco do sertão, melodias dissonantes de instrumentos nunca inventados em uma orquestra regida por um sátiro, interpretada por leprechauns e escrita pelo próprio diabo
Ou por deus
Ou talvez jamais tenha sido escrita
e apenas deliro a possibilidade de sua existência
Porque apenas existindo poderia ter quem a escutasse!
Agoniza dois mil e onze,
Choro suas exequias,
não agoniza minha mente - vibra
Vem 2012,
Vem para me encontrar igual,
Vem para que eu possa chorar sua partida com o mesmo sentimento de agora,
Para que me enleve com teu próximo e te deixe partir com um olhar fingido de sofrimento...
vem dois mil e doze,
Se apegar a mim,
Porque eu, eu não me apego.
Dois mil e doze
Já vejo se aproximar o novo ano,
Então, Deixa eu fazer uma pose
E Tornar-me mais humano.
Dessa vez eu acerto,
nesse novo ano cada vez mais perto
Não! Tudo completa, visceral, lamentavelmente errado!
Repetições insensatas e pueris, desejos apenas de uma alma lamentosa com seus ardis, desejo de remissão do seu pecado,
Porque pecado é só um... Tem plural não.
Passa dois mil e onze,
Ja está passando dois mil e onze,
Mas é só o tempo que passa
E fica a loucura.
Agoniza dois mil e onze,
Choro suas exequias,
Agoniza minha mente
rrrrrrrlalarrrr tiritar incessante de ofuscantes pensamentos claros e confusos como um dia nublado no dia mais seco do sertão, melodias dissonantes de instrumentos nunca inventados em uma orquestra regida por um sátiro, interpretada por leprechauns e escrita pelo próprio diabo
Ou por deus
Ou talvez jamais tenha sido escrita
e apenas deliro a possibilidade de sua existência
Porque apenas existindo poderia ter quem a escutasse!
Agoniza dois mil e onze,
Choro suas exequias,
não agoniza minha mente - vibra
Vem 2012,
Vem para me encontrar igual,
Vem para que eu possa chorar sua partida com o mesmo sentimento de agora,
Para que me enleve com teu próximo e te deixe partir com um olhar fingido de sofrimento...
vem dois mil e doze,
Se apegar a mim,
Porque eu, eu não me apego.
Maracatu de Branco
Eu sou um rei do Congo,
Branco e coroado em Itamaracá!
Na jurema, efum e Arroz de Haussá
Homenageio o Rosário.
Desfile de cores, ritmo e jejê,
Baila dama do paço,
Vem rei e rainha no embalo
Dos naipes do mestre de apito.
Toca alto a alfaia, vem a calunga
Com esse baque virado,
Roda dama,
Vem rainha.
Aqui não tem leão coroado,
Aqui Elefante se esquece
Na proteção de reia-mar....
Branco e coroado em Itamaracá!
Na jurema, efum e Arroz de Haussá
Homenageio o Rosário.
Desfile de cores, ritmo e jejê,
Baila dama do paço,
Vem rei e rainha no embalo
Dos naipes do mestre de apito.
Toca alto a alfaia, vem a calunga
Com esse baque virado,
Roda dama,
Vem rainha.
Aqui não tem leão coroado,
Aqui Elefante se esquece
Na proteção de reia-mar....
terça-feira, 25 de setembro de 2012
FORTALEZA
Meu coração é uma fortaleza,
Altas torres e murada,
Por largo fosso cercada...
Guardas da maior presteza.
Doze mil arqueiros de ironia,
Tambores de silêncio e guerra
Fechaduras, ferrolhos, travas
Pra evitar a agonia.
Inexpugnável colosso vertical
Deixa entrar ao átrio quem a mente
Tiver como embaixador.
Para evitar toda a dor
Aparta tudo o que sente
Mas do sítio cai presa fatal.
Altas torres e murada,
Por largo fosso cercada...
Guardas da maior presteza.
Doze mil arqueiros de ironia,
Tambores de silêncio e guerra
Fechaduras, ferrolhos, travas
Pra evitar a agonia.
Inexpugnável colosso vertical
Deixa entrar ao átrio quem a mente
Tiver como embaixador.
Para evitar toda a dor
Aparta tudo o que sente
Mas do sítio cai presa fatal.
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
O UMBUZEIRO DE ATENAS
Final de tarde lento, vigiando o umbuzeiro,
Pilar robustto e prisco, árvore sagrada!
Yggdrasil, ragnarok, justiça armada,
Cega, fêmea, branda ou de justiçeiro?
Atena, Semnai Theai, mui venerada
Mulher sobretudo, antes de justa!
Sua vaidade punindo Tirésias me assusta,
Faz refletir além de píndaro - errada
Imagem nossa, esqueçemos que ela
Não se cega totalmente, domina
As Fúrias, absolve orestes, destinos sela
Por capricho. Pensamos apenas que zela
Enquanto apenas na hecatombe Culmina.
E não balança o pé de umbuzeiro!
Pilar robustto e prisco, árvore sagrada!
Yggdrasil, ragnarok, justiça armada,
Cega, fêmea, branda ou de justiçeiro?
Atena, Semnai Theai, mui venerada
Mulher sobretudo, antes de justa!
Sua vaidade punindo Tirésias me assusta,
Faz refletir além de píndaro - errada
Imagem nossa, esqueçemos que ela
Não se cega totalmente, domina
As Fúrias, absolve orestes, destinos sela
Por capricho. Pensamos apenas que zela
Enquanto apenas na hecatombe Culmina.
E não balança o pé de umbuzeiro!
CONVERSA POÉTICA
Lawrence solar revolucionário,
Imaginário de sonhos cruéis de Pessanha!
A redondeza burlesca de um Andrade
Os trezentos e mais de um outro Andrade
Bilac me dá um caminho triste,
Junto ao sentimento oco de Eliott
Adio para amanhã o que me impede de ir a Tabacaria
E o Fernando múltiplo me transborda com uma chuva oblíqua.
Quase Mario de Sá aparece
Esperando o choro das hostes celestiais
Dell´il miglior fabbro
Cala o canto negro do José que a festa acabou
E não foi gauche nem rima,
Foi ainda outro Andrade!
Nosso Setembro é o Abril mais cruel da terra devastada
- Assim, você, Leitor - hipócrita - semelhante
Irmão -
Decifra e crê numa esperança apenas!
Imaginário de sonhos cruéis de Pessanha!
A redondeza burlesca de um Andrade
Os trezentos e mais de um outro Andrade
Bilac me dá um caminho triste,
Junto ao sentimento oco de Eliott
Adio para amanhã o que me impede de ir a Tabacaria
E o Fernando múltiplo me transborda com uma chuva oblíqua.
Quase Mario de Sá aparece
Esperando o choro das hostes celestiais
Dell´il miglior fabbro
Cala o canto negro do José que a festa acabou
E não foi gauche nem rima,
Foi ainda outro Andrade!
Nosso Setembro é o Abril mais cruel da terra devastada
- Assim, você, Leitor - hipócrita - semelhante
Irmão -
Decifra e crê numa esperança apenas!
EXPERIMENTO DE RITMO
Estivesse aqui só
nas terras do sertão,
sentisse eu o nó
Medo do ter perdão
Obscenidades
lúbricas e fatais
Desfrutadas no gozo hostil
D´animais no cio
Perversidades cruéis
de pés e mãos e bocas e sexo,
um novo nexo de emoção e gozo
e juntos, eu e você,
ouso
e nada mais.
nas terras do sertão,
sentisse eu o nó
Medo do ter perdão
que poderia não vir
ou falhasse eu sentir,
tua manha de mulher
que eu bem sei o que quer.
Não pode negar teus encantos
e formosura, e meneios
a quem conhece teus recantos,
tuas cavas... e teus anseios.
Entrega tua flor de mulher,
negro tecido de delícias
para aquele que sabe e quer
cobrir teu corpo de carícias.
ou falhasse eu sentir,
tua manha de mulher
que eu bem sei o que quer.
Não pode negar teus encantos
e formosura, e meneios
a quem conhece teus recantos,
tuas cavas... e teus anseios.
Entrega tua flor de mulher,
negro tecido de delícias
para aquele que sabe e quer
cobrir teu corpo de carícias.
Obscenidades
lúbricas e fatais
Desfrutadas no gozo hostil
D´animais no cio
Perversidades cruéis
de pés e mãos e bocas e sexo,
um novo nexo de emoção e gozo
e juntos, eu e você,
ouso
e nada mais.
Orestes
Foi um dia de
domingo em que matei a minha mãe.
Fora convencido do
que a razão dizia,
Serena e tranquila,
Arguia
Sobre as
conspirações, males, ardis e restrições...
A fonte primeva do
infortúnio se delineava clara como o Sol,
(que à razão
pertence)
Falava
de um futuro, de conquistas, da ambição, realizações...
E
como rastilho num paiol
Tais
idéias me incendiaram e eu, nesse átimo, tornei-me também
Um
pouco de Sol!
Faltou-me apenas
escolher o dia,
Por certo seria no
dia da razão se o houvesse!
Celebramos um dia
para guerra e para o amor,
Mas à razão na
semana é fugidia.
Sábado não pode,
como dizem os mandamentos
E me restou o
momento em que o pai descansou
Para realizar tão
arrazoado intento.
Nem tudo me falara a
razão.
Nada sobre as
consequências,
Sobre alecto,
Megaira e Tisífone...
Nada sobre as
Fúrias.
Fruto da castração
do pai, incessantes, encolerizadas, violentas
Corroiam cada
instante de mim. Incansáveis!
E como alcançar a
razão, que partiu?
Procuro em vão o
corvo, a serpente e agonizo...
Corvo? Serpente?
Numa sombra de
juízo, de repente
Compreendo os
símbolos desse agouro, desse fato
Que em mim recai...
Mas é tarde!
Consolo-me em
caminhar no tártaro
Mas vem em minha
salvação aquela que não tem mãe,
Que dizem justa,
ciumenta, guerreira infalível
Não quer mais do que
ser uma mãe,
Amargurada e
invejosa, tampouco tem dia na semana...
E me absolve.
Absolve, mas não me
salva.
Sigo e sinto os
olhos recaírem sobre mim,
Absolvição com uma
ressalva
Marca escarlate,
obscena, carmim
Do delito
impensável, da dor inumana...
Finalmente entendo a
semana
Sexta-feira é dia do
amor!
Assim que se termina
o dia percebo
Que quero esse amor
E também quero a
minha mãe.
PAU DE DÁ EM DOIDO
Pau de dá em doido
É troço de grande
serventia.
De noite ou de dia
Sempre pronto pro
açoito.
O que num entendo
dessa gente
É que pra doido não
é esse pau!
É pra cabra mau,
Mala sem alça,
certamente
Cabra metido a besta
Que só sai de sexta,
Pra malandro
indecente,
Pra tipo imundo...
Enfim, pra tudo no
mundo
De sabido e afoito
Menos pro coitado
doido
Que paga em dia
Sua terapia - que
não tem divã mas um banco
Com um homem
fingindo de santo
Que cobra mais de
cem pau!
Balada de Outubro
Num dia
quente de outubro
Foi pelo
ralo do esgoto
Algo que
agora descubro
Estar há
algum tempo roto.
Depois de
um beijo na nuca
Ouço falar
de um contrato,
Porém não
me sai da cuca
O que
ouvi: tanto maltrato!
Se quero
resolver bem
A desfeita
recebida
Tenho que
calar também
E ouvi-la,
atrevida.
Venham
assim as lamúrias,
São todas
minhas as penas,
Venham
assim as penúrias,
Que
cheguem ao fim as cenas.
Fico eu
aqui na Campina
e você bem
descansada,
Porém você
não atina
Para a
futura jornada.
Num dia
quente de outubro
Foi pelo
ralo do esgoto
Algo que
agora descubro
Estar há
algum tempo roto.
Num dia
quente de outubro
Foi pelo
ralo do esgoto
Insone
agora me cubro
Neste
manto de desgosto.
Queria
enfim entender
O que quer
esta menina
Que não
sei satisfazer.
Será esta
minha sina?
Será
porque sou direita
E doutro
lado ela é?
Vamos ver
o que se ajeita
Na cabeça
da mulher!
Ou
pactuamos casamento,
Sem faltar
muito respeito
Ou não
terá pensamento
Que nos
poderá dar jeito.
Num dia
quente de outubro
Foi pelo
ralo do esgoto
Algo que
agora descubro
Estar há
algum tempo roto.
Num dia
quente de outubro
Foi pelo
ralo do esgoto
Insone
agora me cubro
Neste
manto de desgosto.
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